A atenção básica de saúde visa a interdisciplinaridade a favor da
promoção da saúde, prevenção dos agravos e manutenção da saúde do indivíduo,
entre outras propostas. Ela orienta-se pelos princípios da universalidade, da
acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da
integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da
participação social. (Brasil,
2006).
Para discorrer um pouco mais sobre a atenção
básica de saúde faz-se necessário conceituar dois propósitos da mesma:
prevenção de doenças e promoção de saúde. A prevenção consiste em intervenções
orientadas para evitar o surgimento de uma doença ou conter o seu progresso. Já
a promoção de saúde tem como objetivo aumentar a saúde e o bem estar gerais, transformando
as condições de vida; trata-se de um processo interdisciplinar e intersetorial
e que possibilita o indivíduo aumentar o seu controle sobre determinantes de
saúde para contribuir na sua própria melhoria. (CZERESNIA, 2003).
Tendo em vista esses aspectos, diversas
instituições, tendo-se como base as medidas de políticas de saúde pública,
tem-se orientado com o objetivo de permitir aos sujeitos a oportunidade de
fazer parte da construção de sua própria saúde, integrando-o nas ações de saúde
através do acesso às informações, estabelecimento de vínculos, socialização e
atividades físicas e mentais, além da reabilitação. É com esse objetivo que o
processo de aprendizagem teórico-prático da educação em saúde é utilizada,
respeitando-se o contexto e conhecimento do indivíduo integrando-o aos vários
saberes: científico, popular e do senso comum, possibilitando aos sujeitos
envolvidos uma visão crítica, uma maior participação e autônoma frente à saúde
no cotidiano. (REIS, 2006)
É com esse propósito que os Projetos Corpo
Vivo, Orientação e Autocuidado aos Indivíduos
Acometidos por Doenças Crônicas e o Vale a
Pena Viver mobilizaram-se, atuando de forma interdisciplinar visando a promoção
de saúde e a prevenção, além de proporcionar aos acadêmicos uma integração dos
saberes.
O projeto Vale a Pena Viver possui como proposta oferecer a população
idosa atenção básica de saúde promovida pela Universidade Federal de Minas
Gerais (Departamento de Fisioterapia – DFIT e Departamento de Terapia
Ocupacional – DTO) em cooperação interinstitucional com a Igreja Batista do
Barro Preto (IBBP) e a Associação Batista Bem Viver (ABBV) como atividade
assistencial.
Já o Grupo de Orientação e Autocuidado aos
Indivíduos Acometidos por Doenças Crônicas tem como objetivo promover uma maior
interação e fortalecer as relações entre os pacientes com doenças
crônicas, buscando apoio mútuo e troca de experiências entre os participantes
que possibilitam a melhor aceitação da doença. Além disso, busca novas
possibilidades de enfrentamento da doença, um melhor desempenho de papeis
ocupacionais para alcançar assim uma melhor qualidade de vida. O projeto é
oferecido pelo Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de
Minas Gerais e acontece no Laboratório do Movimento situado Campus Saúde da
universidade.
Bibliografia:
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Política
nacional de atenção básica. Série Pactos pela Saúde 2006, v.4, 60p.
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_atencao_basica_2006.pdf.
Acesso em 03 de out 2011.
2.
GAZZINELLI, Maria
Flávia Carvalho; REIS, Dener Carlos dos; MARQUES, Rita de Cássia. Educação em saúde: teoria, método e
imaginação. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006. 166 p.
3.
CZERESNIA, D.; FREITAS, C. M. (org). Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de
Janeiro. Ed Fiocruz, 2003. p.39-53.
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